O saber fazer das tradições doceiras em Pelotas e na antiga Pelotas (Turuçu, Capão do Leão, Arroio do Padre e Morro redondo) foi registrado no Livro de Saberes do IPHAN no dia 15 de maio de 2018, em resposta à solicitação feita pelo CDL e Secult. Congregando os conhecimentos de múltiplas etnias, o reconhecimento das tradições doceiras representa um importante marco cultural da região.
Para além da materialidade representada pelo doce em si, as tradições envolvem utensílios domésticos e/ou industriais, receitas familiares passadas de geração em geração, insumos (geralmente produzidos por pequenos agricultores), gestos e afetos que caracterizam esse patrimônio imaterial.
Ao lado dos doces finos, sendo os mais conhecidos aqueles à base de ovos, estão também os doces coloniais produzidos a partir das frutas de safra e açúcar. Independente da categoria, as tradições doceiras unem gerações, culturas e conhecimentos. Esse saber fazer é reivindicado por descendentes de portugueses, alemães, pomeranos, italianos, franceses e de africanas escravizadas. Essas últimas, costumavam ser as executoras dos doces nas grandes cozinhas dos casarões, durante o ciclo das charqueadas pelotenses (Séc. XIX e XX). As tradições doceiras trazem também influências das culturas indígenas, demonstrando que a preservação deste patrimônio é de suma importância cultural.
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Foto: Divulgação Fenadoce
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