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Curta realizado em Pelotas vence Festival de Cinema

O filme é um breve apanhado dos últimos momentos de Francisco Lobo da Costa


Em Maio de 2021, o filme: “A Pelotas Caridosa – Poemas Lidos de Lobo da Costa”, dirigido por Luís Fabiano Gonçalves e produzido pela equipe do Fio da Navalha Arte & Comunicação, participou do Festival de Cinema Quarentena Online Film Festival (QOFF). Este festival é organizado por uma equipe no Rio de Janeiro e teve por objetivo exibir filmes produzidos durante à pandemia. Mais informações sobre este festival podem ser obtidas aqui.

No último dia 29/05/2021, houve a entrega de prêmios do QOFF. Em função da pandemia, toda a cerimônia, assim como a exibição dos filmes selecionados para participarem do Festival, ocorreu por meio das suas plataformas online.

Protagonizado por Flávio Dornelles e filmado no final de 2020, o filme faz alguns recortes sobre momentos finais da vida do poeta gaúcho Francisco Lobo da Costa. A produção pelotense venceu os seguintes prêmios no Festival de Cinema Quarentena Online Film Festival 2021:

- Melhor Filme de Gênero

- Melhor Fotografia – Luís Fabiano Soares Gonçalves

- Melhor Direção de Arte - Luís Fabiano Soares Gonçalves, Carla Ávila, Andrea Terra, Flávio Dornelles, Valder Valeirão, Cláudio Ferreira

- Melhor Mixagem de Som - Cláudio Ferreira

- Melhor Atuação – Flávio Dornelles

- Melhor Filme pelo Júri Popular

O filme é um breve apanhado dos últimos momentos de Francisco Lobo da Costa, com uma narrativa poética de sua glória e desterro. Com 26’46” de duração, o filme curta-metragem, em preto e branco, traz um compilado de trechos da peça teatral “Em nome de Francisco – Evocação ao Poeta Lobo da Costa” (1987), de Valter Sobreiro Junior. O filme foi viabilizado por Edital da FAC Digital RS, uma parceria da Secretaria da Cultura (Sedac)/RS, com a Universidade Feevale (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior, em Novo Hamburgo), após a aprovação do projeto de Vagner Vargas e Isadora Passeggio.

Sinopse do filme

Estigmatizado como boêmio, mas admirado como literato. Rejeitado como bêbado, mas reverenciado como autor romântico. Ao fim do século XIX, o poeta pelotense Francisco Lobo da Costa (1853/1888), era deus e o diabo na cidade de Pelotas/RS. Um poeta que muitos aceitavam suas palavras articuladas numa sofisticada composição. Um Francisco esquecido. Um Lobo da Costa eternizado no patrimônio artístico e cultural Pelotense. O filme é um breve apanhado dos últimos momentos de Francisco Lobo da Costa, com uma narrativa poética não-realista de sua glória e desterro. O filme se propõe a ser um recorte em diálogo estético para ressaltar alguns momentos de memórias do apogeu do poeta Francisco Lobo da Costa, outros relacionados aos seus momentos de criação poética, assim como ressaltar como a sociedade da época o tratou em função do vício ao álcool. Ao final do filme, fica o convite para reflexão sobre como a sociedade trata alguns artistas em vida e os homenageia apenas quando in memorian.

Em temos de pandemia

Um dos diferenciais deste curta-metragem, gravado em duas tardes de sábado, em plena pandemia de Coronavírus, foi o envolvimento da equipe de filmagem dando “voz” aos personagens em off. Toda a equipe envolvida, assim como elenco do filme, obedeceram a todos os critérios de distanciamento social, proteção individual e testagem prévia ao Covid-19 (com resultados negativos).

As cenas externas do filme foram gravadas à frente da residência de moradia. Mesmo assim, todas as precauções de proteção ao covid-19 foram adotadas, de acordo com o edital que contemplou este filme com o seu prêmio para a realização em 2020.

Com exceção de um trecho do Nocturne, de Chopin, todas as canções que integram este filme são adaptações, livremente baseadas em composições de Sobreiro Jr., com poemas de Lobo da Costa ou letras do próprio Sobreiro Jr.

Foto: Quarentena Film Festival

#filme #cinema #quarentena

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