Sob este título, Mario Osório Magalhães escreveu em 2004 no Diário Popular algo que ninguém parecia saber nem valorizar: a existência de uma casa com 200 anos, razoavelmente bem conservada. Se alguém ficou sabendo da "novidade", ninguém pareceu dar-lhe valor, pois a casa continua no mesmo lugar sem mudanças. Nem foi demolida, nem restaurada. Conta o historiador pelotense que nessa casa, atual rua Major Cícero de Góes Monteiro número 201 (entre Félix da Cunha e Anchieta), morou a família de Antônio José Torres. Daí um dos primeiros nomes da Major Cícero (até 1869): rua do Torres. Quando da criação da Freguesia de São Francisco de Paula, em 1812, esta casa era uma das duas que já existiam no primeiro loteamento (entre a Bento Gonçalves e a General Neto), no qual foi construída a primeira igreja, no mesmo lugar onde hoje está a Catedral. O mais surpreendente é que esta casa resista ao nosso clima sem desmoronar, enquanto outras mais novas literalmente caem aos pedaços. O fato é único em Pelotas, e talvez em todo o Rio Grande do Sul. Uma restauração se faz urgente, não só pela antiguidade do material físico, mas por seu sentido histórico: ali se discutiram a localização da futura igreja e os limites da primitiva Pelotas, a que dependia da Vila de São Pedro. Pedro Luís Prietto dá mais detalhes urbanísticos e históricos desta casa, no site da ONG Viva o Charque.
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