Pelotas desenvolveu-se pelas águas: as charqueadas precisavam estar às margens de rios para produzir e escoar produtos. Com o passar do tempo, a cidade prosperou em meio a tantas águas, desde cachoeiras, arroios e lagunas. Sendo assim, Pelotas deve ter suas águas como patrimônio natural e cultural, recurso que está intimamente ligado à identidade e a história da cidade.
Considerado patrimônio cultural do Estado desde 2002, o Arroio Pelotas concentrou a maioria das charqueadas no século XIX. Quando Thomás Luís Osório recebeu a doação das terras onde futuramente seria a cidade de Pelotas, era o arroio que marcava os limites do rincão.
É o maior arroio da região, com extensão de 60 km, e é integrante da bacia hidrográfica Lagoa Mirim – São Gonçalo, delimitado pela nascente, nas proximidades da divisa dos Municípios de Pelotas e Canguçu e tem fim no Município de Pelotas, onde deságua no canal São Gonçalo.
Se tratando do uso de suas águas, o Arroio Pelotas tem pontos balneáveis e é largamente utilizado para a prática de esportes náuticos, pesca e turismo. O democrático arroio serve de via para iates que partem de casas de luxo, barcos rústicos de pesca e canoas à remo de fibra de carbono de clubes esportivos e recreativos.
O arroio Pelotas guarda em si não só a riqueza cultural da história e identidade da cidade; guarda também uma incrível diversidade biológica, com inúmeras espécies da fauna e flora, algumas em extinção. Todas são detentoras de excepcional valor do ponto de vista científico, ecológico e sustentável.
Por todas essas razões, fica claro que o Arroio Pelotas é um patrimônio que deve ser devidamente preservado e valorizado por toda a comunidade.
Foto: Henrique Lammel
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