Slow travel é um estilo de viagem que, assim como os movimentos slow food (comida lenta) ou slow fashion (moda lenta), tenta fazer a gente parar e pensar: faz sentido viver sempre com pressa?
O mundo está cada vez mais rápido e intenso, conectado e digital, agitado e barulhento. Mesmo coisas que deveriam nos trazer paz e prazer – como viajar, se alimentar e escolher um estilo – estão ganhando um ritmo frenético.
O slow travel propõe uma reflexão em torno do ato de viajar, repensando muitas práticas do turismo. A ideia, basicamente, é esquecer o “ver o máximo possível” e pensar em “viver o máximo possível”.
O turismo slow prega:
- Viagens mais lentas e mais aprofundadas em um local;
- Turismo sustentável, para que o planeta não sofra tanto com a nossa vontade de explorá-lo;
- Turismo de experiência, para adotarmos mais atividades que tenham significado e tragam ensinamentos (que não apenas rendam fotos bonitas);
- Viagens sem roteiros rígidos e abertas a imprevistos;
- Poucos deslocamentos e, quando necessário, priorizando transportes que não o avião;
- Contato com a natureza e turismo rural;
- Uma relação menos intensa com a tecnologia.
Uma boa forma de começar a se encantar com o slow travel, por exemplo, é descobrindo os melhores destinos para turismo sustentável perto de onde você mora. Você já tirou férias, foi viajar e voltou mais cansado do que antes? Se a resposta for sim, você já tem um ótimo motivo para pelo menos testar o esse estilo de viagem mais lento. Confira outros benefícios do slow travel:
- Pode ser uma viagem mais sustentável, com menos uso de transportes poluentes, por exemplo;
- Dependendo da slow travel, pode até ser mais barata que uma viagem com o cronograma fechado, visto que demanda menos deslocamentos ou visitas a atrações;
- Pode ajudar você a descobrir novos hobbies e paixões;
- Pode ser relaxante e ajudar a diminuir a tensão e a ansiedade do dia a dia;
É capaz de gerar reflexão sobre muitas coisas que passam despercebidas durante a rotina normal;
- Traz sua percepção para o aqui e agora. Essa conexão pode abrir sua mente para intuir o seu roteiro e mudar os planos a qualquer momento, deixando que os acontecimentos e os imprevistos guiem seu caminho.
Fugir do modo “correria do dia a dia” não é fácil. Separamos aqui algumas dicas de como ir, devagarinho, desacelerando as suas viagens:
- Tente escolher uma ou duas atrações principais por dia e sempre reserve um tempo de descanso entre elas;
- Repense a ideia de que ir a todos os pontos turísticos ou tirar selfies em todas as atrações é mais importante do que caminhar pela cidade ou explorar as particularidades simples do local;
- Opte por caminhar ou andar de bicicleta sempre que possível, aproveitando o trajeto tanto quanto o local de destino;
- Tente conversar com pessoas, fazer atividades ao ar livre, ir a eventos de arte ou a programações gratuitas;
Pesquise atividades para fazer no local, como trabalhos voluntários ou aulas de dança;
- Escolha contribuir com estabelecimentos pequenos e de donos locais, não grandes cadeias;
- Tenha um livro sempre consigo para quando estiver em uma fila, encontrar um banco na sombra ou resolver sentar para ver o pôr do sol em algum cantinho que lhe agradou.
Fonte: Skyscanner
Foto: Sage Friedman
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